Pessoas que fazem pouca ou nenhuma atividade física têm mais chances de adoecerem do que as que são fisicamente ativas
Yara Achôa, Fitness Brasil
24/3/2022
O Comitê Editorial do Manifesto Internacional para a Promoção da Atividade Física no Pós-Covid compartilhou que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças do Estados Unidos (CDC), que é uma das instituições líderes no mundo na definição de recomendações e protocolos de condutas no contexto da pandemia de Covid-19, decidiu, recentemente, incluir a inatividade física como um dos fatores de alto risco para formas mais graves de Covid-19. Ou seja, fatores que aumentam o risco de necessidade de hospitalização, de UTI, de uso de ventilação mecânica e/ou de morte.
O CDC concluiu que já existem evidências científicas suficientes demonstrando que pessoas que fazem pouca ou nenhuma atividade física (ou exercício físico) tem mais chances de ficarem muito doentes por Covid-19 que aquelas que são fisicamente ativas. Ser fisicamente ativo (ou se exercitar regularmente) é importante para ser saudável.
Todo movimento conta
As evidências científicas são fortes o suficiente para incluir a insuficiência de atividade física no rol de condições que aumentam o risco de formas graves de Covid-19, ao lado de outras como câncer, diabetes, obesidade, algumas doenças pulmonares, insuficiência renal crônica, tabagismo, infecção por HIV, entre outras. É importante destacar que a promoção da atividade física, apesar de complexa e multifatorial, pode ser alcançada com ações conjuntas, individuais e coletivas, e com a implementação e fortalecimento de políticas públicas que favorecem o desenvolvimento de uma população mais ativa, solidária e saudável. O Comitê aproveita para lembrar que, quando o foco é a saúde, todo passo conta.
Uma boa maneira de entender como ser mais ativo, é consultar o Guia de Atividade Física para a População Brasileira.
A nota tem o objetivo de dar ampla divulgação à informação, frente à importância da atividade física e a necessidade de um reforço na Chamada para a Ação de pessoas, entidades públicas/privadas e governamentais, com vistas à redução da inatividade física. Se já eram fortes as evidências científicas dos benefícios de uma vida mais ativa para promover a saúde e prevenir um grande número de doenças crônicas não-transmissíveis, agora a urgência da ação aumenta frente a esse benefício que impacta as recomendações para o melhor manejo de uma pandemia sem precedentes.
O momento sanitário atual se caracteriza por melhor controle da pandemia de Covid-19, com menores taxas de transmissão, decorrente dos benefícios da ampla vacinação e outras ações preventivas, como o uso de máscaras e a limpeza das mãos. A pandemia ainda não acabou, mas felizmente a maioria das atividades da vida cotidiana já está autorizada pelas autoridades locais em razão dos melhores indicadores.
Este é um momento propício para a ampla divulgação dessas informações, tanto para a população quanto para os profissionais de saúde. Já passamos da hora de transformar as evidências científicas sobre os benefícios da atividade física regular para a saúde em AÇÃO.
Assinam a nota de esclarecimento o coletivo de autores vinculados ao Manifesto Internacional para a Promoção da Atividade Física no Pós-Covid, coordenado pelo Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (CELAFISCS): Antonio Carlos Bramante; Dartagnan Pinto Guedes; Douglas Roque Andrade; Francisco José Gondim Pitanga; Laércio Elias Pereira; Lamartine Pereira DaCosta; Luis Carlos de Oliveira; Luiz Guilherme Grossi Porto; Maria Beatriz Rocha Ferreira; Markus Vinicius Nahas; Maurício Santos; Victor Keihan Rodrigues Matsudo.
As informações originais podem ser consultadas no site do CDC.
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