Por Eduardo Netto, colunista Fitness Brasil
Todo e qualquer tipo de negócio deve estar atento às tendências de seu segmento para não ficar para trás. O mercado de saúde não é diferente e está em constante transformação, o que torna cada vez mais imperativo acompanhar as mudanças, inovações e as transformações do cenário do nosso mercado fitness mundial.
A automação e a inteligência artificial (IA) estão transformando os negócios e contribuirão em muito para o crescimento econômico por meio de cooperação para o aumento da produtividade.
Apesar de sermos um serviço de pessoas para pessoas, estamos cada vez mais próximos de alcançar melhorias na prestação desse serviço, tendo em vista que as diversas tecnologias vão mudar não só a natureza do nosso trabalho como também o próprio local de trabalho.
Quando comparado a nossa capacidade, as máquinas são capazes de realizar mais tarefas complementando nossos deveres e até mesmo indo além do que podemos executar. Como resultado, algumas ocupações irão diminuir, enquanto outras tendem a crescer e muitas outras a se modificar.
As academias e seus modelos de negócios precisam se reinventar por meio da implementação das novas tecnologias disponíveis. Essa inovação começa com o entendimento que é uma oportunidade de alavancar o capital humano. Vale ressaltar que essa mudança não vai substituir a empatia ou o cuidado humano: esse tipo de dinâmica as máquinas não podem executar
O verdadeiro ponto ideal para as marcas hoje, e você pode ver isso na Apple, é fazer a migração profunda para sistemas robotizados, o que automatizam muitas tarefas. Para satisfação do cliente, é possível alinhar o atendimento com pessoas realmente atenciosas que querem ajuda-las e atendê-las da melhor forma possível quando precisam de atendimento individual humanizado.
As pessoas são os principais ativos das nossas academias e nunca poderão ser substituídos por tecnologia, mas a tecnologia pode permitir um aumento na eficiência das nossas operações, favorecendo a gestão de receitas, experiência do cliente, entendimento de quem é seu cliente, da melhor análise do consumidor, otimização de lucros e dessa forma contribuindo para que o nosso capital humano possa se conectar diretamente com nossos consumidores, implicando positivamente em nossos negócios.
Não se trata de substituir o humano pela tecnologia, mas sim, interagir com a tecnologia para liberar nossa criatividade, percepção, experiência e insights. A tecnologia não é realmente uma máquina de criação de empregos, mas são novos tipos de empregos.
Precisamos estar preparados para lidar com transições e mudanças significativas da nossa força de trabalho. Nossos profissionais precisam adquirir novas habilidades e se adaptar às tecnologias.
Trata-se de uma enorme oportunidade e um desafio para nossas academias. Novas ferramentas estarão disponíveis, trazendo novas funcionalidades e, dessa forma, muitas funcionalidades que tornarão a jornada do cliente mais conveniente. Trata-se, portanto, da interação entre as ferramentas de tecnologia e a interação humana.
A tecnologia pode e deve ser utilizada para motivar nossos clientes a alcançarem seus objetivos, que vão desde melhorar seus indicadores de saúde até mesmo socializar e se divertir. Por meio das diversas ferramentas tecnológicas é que podemos direcionar para programas mais adequados e personalizar essas experiências.
Espero que essas dicas contribuam para você abrir seu caminho para se tornar um negócio de fitness de sucesso.
Eduardo Netto é profissional de Educação Física formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com mestrado em Ciência da Motricidade e pós-graduado em Fisiologia do Exercício. Referência no mercado fitness, está na área há 36 anos e é o precursor da aula de localizada no Brasil. Atuou por mais de 25 anos como professor de ginástica localizada e, por muitos outros, como professor universitário. Acumula passagens importantes como palestrante dos principais congressos de fitness no Brasil e no mundo, além da autoria de quatro livros e de um canal no YouTube, em que compartilha sua experiência abordando diversos temas. Atualmente, é sócio e diretor técnico da rede Bodytech
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