Foram analisados dados de mortalidade e registros médicos de mais de 100 mil participantes, que tiveram um período de acompanhamento de 30 anos
Yara Achoa, Fitness Brasil
23/9/2022
Pesquisadores de Harvard descobriram que a quantidade ideal de exercício é entre 150 e 600 minutos por semana, sem nenhum dano causado pela intensidade, mas com um teto quando se trata de impacto.
Adultos que realizam duas a quatro vezes a quantidade recomendada de atividade física moderada ou vigorosa a cada semana têm um risco significativamente reduzido de morte prematura. Níveis acima disso não fornecem proteção adicional, de acordo com uma nova pesquisa publicada no jornal da American Heart Association, Circulation .
Foram analisados dados de mortalidade e registros médicos de mais de 100 mil participantes, que tiveram um período de acompanhamento de 30 anos. Foi constatada uma redução de 21% a 23% para pessoas que praticavam duas a quatro vezes a quantidade recomendada de atividade física vigorosa (75 a 150 minutos/ semana) e uma redução de 26% a 31% para aqueles que praticavam atividades moderadas (150-300 minutos/ semana). Atividade moderada inclui caminhada, levantamento de peso e calistenia. Jogging, corrida, natação, ciclismo e exercícios aeróbicos foram considerados vigorosos.
Os participantes do estudo eram 63% do sexo feminino, 37% do sexo masculino, com idade média de 66 anos e IMC médio de 26 kg/m2. A atividade física foi autorreferida a cada dois anos em uma pesquisa, que também fez perguntas sobre saúde e hábitos.
Exercícios extremos
Nenhum efeito prejudicial à saúde cardiovascular foi encontrado entre os adultos que relataram praticar mais de quatro vezes os níveis mínimos de atividade recomendados. Estudos anteriores encontraram evidências de que exercícios de resistência de longa duração e alta intensidade, como maratonas, triatlos e corridas de bicicleta de longa distância, podem aumentar o risco de eventos cardiovasculares adversos, como fibrose miocárdica, calcificação da artéria coronária, fibrilação atrial e parada cardíaca súbita.
“Esta descoberta pode reduzir as preocupações em torno do potencial efeito nocivo de se engajar em altos níveis de atividade física que foi observado em estudos anteriores”, disse Dong Hoon Lee, líder do estudo e pesquisador associado da Harvard TH Chan School of Public Health.
Os estudiosos também descobriram que a prática de atividade física de longa duração, alta intensidade (300 minutos/ semana) ou moderada (600 minutos/ semana), em níveis mais de quatro vezes o mínimo semanal recomendado não proporcionou redução adicional no risco de morte prematura, o que significa que eles encontraram um limite superior quando se trata dessas medidas de exercício.
O relatório Intensidade da atividade física no lazer a longo prazo e mortalidade por todas as causas e causas específicas: um coorte em perspectiva de adultos dos EUA foi financiado pelo National Institutes of Health (NIH), agência de pesquisa médica dos EUA, e está disponível aqui.
Seria muito interessante se esta pesquisa fosse de conhecimento dos órgãos federal, estadual e municipal de educação e que fosse disponibilizado pras crianças, jovens e adultos, pra conscientização; principalmente através dos professores de Educação Fisica, Ciências e Biologia.
Essa pesquisa foi de extrema importância de acordo a individualidade biológica de cada indivíduo dentro da idade cronológica e biológica na atividade leve, moderada e intensa . Tenho 68 anos faço 5 vezes por semana musculação atividade moderada e aeróbico no final da aula na esteira 3 vezes por semana com exercícios intervalado e 2 vezes pela manhã aeróbico no elyptico 40 minutos dando um total de 600 minutos por semana . Eu sei que estou dentro do estudo . Na lógica da pesquisa. Faço de acordo o meu limite não exagero.