Por Marcelo Costa, colunista Fitness Brasil
Não, este post não é para curiosos apenas, mas para todos aqueles que querem refletir acerca do tema para posteriores tomadas de decisão mais assertivas. Essa é uma discussão desafiadora e, ao mesmo tempo, maravilhosa, pelo grande interesse, polêmica e diversidade que nos oferece.
É possível existir uma atividade (modalidade de Coletivas) que possa ser entendida como a melhor? Como poderíamos verificar isso? Que aspectos ou indicadores deveríamos utilizar para avaliar os diversos tipos de atividades existentes no grande portfólio que nos oferecem as aulas em grupo?
O primeiro aspecto a ser considerado é que, para além da própria diversidade de aulas coletivas existentes, quando consideramos o seu desdobramento em diferentes espaços e modalidades, encontramos cenários variados. Minimamente, podemos considerar:
- o segmento de fitness & wellness, ou seja, o das academias, estúdios e similares;
- o dos programas e projetos sociais, especialmente as Vilas Olímpicas;
- o da educação, quer seja, o das escolas públicas e privadas da educação básica;
- o das atividades ao ar livre, com os circuitos de exercícios funcionais nas praias, praças e parques, por exemplo;
- o de outras instituições sociais privadas, que envolve os clubes sociais e recreativos, condomínios e similares.
Nestes cenários diversificados, encontramos características e particularidades de infraestrutura, público-alvo, dinâmica de funcionamento, interesses e objetivos e metodologias, que adicionam tempero a este desafio.
Dessa forma, conseguirmos eleger uma atividade dentro de um contexto tão rico, diversificado e complexo como este, não é uma tarefa nada fácil. Todavia, esta complexidade pode ser, exatamente, o contexto que servirá de suporte para essa análise. Se pretendemos elucubrar a respeito de uma melhor atividade coletiva, esta deverá decorrer do seu maior alinhamento, da sua maior aproximação a essa complexidade toda.
Neste sentido, a partir dos argumentos anteriores, sugiro que devêssemos considerar os seguintes critérios:
- viabilidade e adaptabilidade, traduzida pela capacidade de fácil implantação e adaptação em qualquer um dos diferentes cenários existentes, incluindo suas características e particularidades de infraestrutura, público-alvo, dinâmica de funcionamento, interesses e objetivos, e metodologias;
- geração de experiências positivas; para além da melhoria do condicionamento físico, da estética e da capacidade (inteligência) motora, ser uma atividade prazerosa, que gere alegria, satisfação.
- capacidade de entrega aos usuários, praticantes da modalidade, proporcionando os resultados desejados: físicos, mentais (cognitivos) e socioemocionais, na direção de uma melhor saúde, qualidade de vida e bem-estar;
- capacidade de entrega aos seus agentes promotores, proporcionando o alcance dos objetivos de sócios-proprietários, investidores, gestores, professores e outros stakeholders do seu ecossistema (terceirizados, por exemplo).
A partir deste contexto, pergunto: qual ou quais atividades atenderiam a esta expectativa? Qual(is) modalidade(s) de aula(s) em grupo atenderia(m) aos critérios acima com maior facilidade?
Continua na próxima coluna.
Abraços ‘Coletivos’!!!
Marcelo Costa é professor substituto na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), coordenador geral da Escola de Saúde na Universidade Candido Mendes; mestre em Educação pela Universidade Estácio de Sá; mestre em Ciência da Motricidade Humana pela Universidade Castelo Branco; doutorando em Ciências do Desporto na Universidade de Coimbra e em Estudos da Motricidade Humana na UFRJ. Autor de dois livros e coautor de outros quatro livros, com temáticas referentes à Ginástica / Atividades Coletivas / Aulas em Grupo. Instagram: @profmarcelocosta Contato: prof.marcelocosta@gmail.com
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