Confira o que as publicações científicas apontam sobre o tema e o que o consumo de fibras solúveis tem a ver com a melhora de sua saúde
Apoio educacional Belvita
6/12/2023
Desde 1980 a comunidade científica discute a importância da saúde intestinal para os seres humanos. Já naquela época acreditava-se na teoria de que “todas as doenças começavam no intestino”. No entanto, nos últimos anos, o termo “eixo intestino-cérebro” vem ganhando notoriedade, principalmente porque as publicações científicas contendo o termo “gut brain axis” cresceram mais de 300% na base de dados do PubMed, por exemplo.
Isso traz maior segurança nas intervenções dietéticas, baseadas em dados específicos e relevantes, demonstrando que o equilíbrio da microbiota intestinal impacta na prevenção e na ocorrência de patologias como ansiedade e depressão.
O equilíbrio do eixo intestino-cérebro depende da modulação do ecossistema microbiano presente no intestino, ou seja, de que a composição da microbiota seja diversa, apta a sintetizar uma grande variedade de neurotransmissores capazes de regular a função neural.
A forma mais eficaz de modularmos a microbiota para que ela seja saudável e variada, é por meio do consumo das fibras solúveis. Ao fazermos a ingestão adequada deste tipo de fibra, que pode ser facilmente encontrada em alimentos como: aveia, morango, laranja, lentilha, feijão, entre outros; as bactérias presentes no intestino as consomem como fonte de energia, fermentando-as e produzindo diferentes moléculas essenciais para o bom funcionamento do organismo, como é o caso dos ácidos graxos de cadeia curta – os AGCCs.
Os AGCCs são capazes de promover efeitos benéficos à saúde, dentre eles, a melhora de parâmetros clínicos associados a doenças cardiometabólicas, como obesidade, hipertensão arterial, diabetes e dislipidemia, com a redução de colesterol total, LDL-c, glicemia de jejum e circunferência de cintura. A produção de AGCC e outros metabólitos contribui, ainda, com o equilíbrio do eixo intestino-cérebro, favorecendo a cognição, a memória e o aprendizado, além de atuar na prevenção de depressão e outras doenças mentais.
Já sabemos, por meio de diferentes meta-análises e revisões, que pacientes com transtornos como depressão, transtorno bipolar e ansiedade apresentam um padrão de microbiota com depleção de bactérias “anti-inflamatórias” produtoras de butirato, que é um AGCC, e aumento de bactérias pró-inflamatórias.
Embora a utilização de probióticos esteja em voga ultimamente, as fibras solúveis são a principal intervenção dietética capaz de promover mudanças eficazes na microbiota humana.
Portanto, fornecer fibras solúveis para a microbiota é contribuir para um ecossistema microbiano adequado, equilibrado e com maior proporção de bactérias benéficas, o que impacta não só na saúde intestinal, como também, no bem-estar e na saúde mental.
E tal fato se torna ainda mais relevante quando vemos que o consumo de fibras alimentares por brasileiros é inferior ao indicado pela OMS e que somos considerados o país com maior prevalência de ansiedade no mundo.
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Belvita
Referências
França, Thaíza Barros. Interação entre o eixo microbiota-intestino-cérebro, dieta e transtornos de humor: uma revisão narrativa- Vitória de Santo Antão, 2019.
Lynch, S. V., & Pedersen, O. (2016). The human intestinal microbiome in health and disease. New England Journal of Medicine, 375(24), 2369-2379.
Nikolova VL, Smith MRB, Hall LJ, Cleare AJ, Stone JM, Young AH. Perturbations in Gut Microbiota Composition in Psychiatric Disorders: A Review and Meta-analysis. JAMA Psychiatry. 2021 Dec 1;78(12):1343-1354. doi: 10.1001/jamapsychiatry.2021.2573. Erratum in: JAMA Psychiatry. 2021 Nov 3; Erratum in: JAMA Psychiatry. 2022 Dec 1;79(12):1241. PMID: 34524405; PMCID: PMC8444066.
Simpson CA, Diaz-Arteche C, Eliby D, Schwartz OS, Simmons JG, Cowan CSM. The gut microbiota in anxiety and depression – A systematic review. Clin Psychol Rev. 2021 Feb;83:101943. doi: 10.1016/j.cpr.2020.101943. Epub 2020 Oct 29. PMID: 33271426.
Slavin, J. 2013. Fiber and prebiotics: mechanisms and health benefits. Nutrients 5(4):1417-1435.
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