Com apenas seis anos de existência, a Evoque também é a única do Brasil que possui modelo próprio de negócio, que favorece o cliente ao oferecer mensalidades mais em conta e um vasto cardápio de modalidades
Fitness Brasil
16/12/2024
O mercado de academias vai muito bem no país. Dados da Health & Fitness Association (a antiga IHRSA), entidade que reúne profissionais do setor de exercícios físicos ao redor do mundo, confirmam que o Brasil é, há pelo menos uma década, o segundo país que mais tem academias no mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos.
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Um dos grandes destaques dos últimos anos nesse segmento no país é academia Evoque, que nasceu em 2018, na cidade de Mauá, região metropolitana de São Paulo (SP). Entre as redes mais novas, é a que mais cresce no país. Para se ter ideia, fechará o ano com 40 unidades, sendo dez delas abertas em 2024, e um faturamento anual de cerca de 90 milhões de reais. Quase 30% superior a 2023, quando foram contabilizados pouco mais de 70 milhões de reais.
Alguns motivos explicam essa ascensão que chama a atenção no segmento. Um deles é o fato de a rede seguir modelo próprio de negócio, que favorece o cliente em duas mãos. Trata-se do híbrido (low price full service), que oferece mensalidade bem em conta para o bolso do consumidor e um vasto cardápio de 22 modalidades, sendo cinco delas exclusivas, caso do pilates ballance, mistura de movimentos da metodologia original, de ioga, de alongamento, de exercícios funcionais e de tai chi chuan. O tíquete médio mensal oferecido ao cliente não ultrapassa 200 reais – com isso, a rede conta com mais de 60 mil alunos.
Outro fator importante da ascensão da Evoque está na gestão do negócio. Segundo o empresário Rodrigo Hasi, 37 anos, fundador e um dos donos da Evoque, a inovação, que valoriza os colaboradores da empresa, para que eles se sintam parte dela, vislumbrando uma carreira sólida no local e os serviços oferecidos, são pontos fortes do negócio. “Tudo é pensado em pessoas. Nossos funcionários formam uma grande família. E os nossos alunos contam com um leque gigantesco de modalidades, algumas atendendo necessidades específicas como as voltadas para a terceira idade. Tudo isso por um custo bem baixo”, diz ele.
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Trajetória de desafios
Filho de profissionais de Educação Física, Rodrigo sempre teve uma forte ligação com a atividade física. Ainda que a vocação tenha vindo de berço, nada caiu de mãos beijadas na vida dele. A primeira tentativa como proprietário ocorreu em 2012, aos 24 anos. Foi quando arrendou uma academia, em Mauá (SP). Não deu certo. Por falta de boa gestão, o negócio faliu em um ano. Resiliente, Rodrigo entendeu que precisava aprender e a crescer mais como gestor para alcançar algo maior. Assim, voltou a gerenciar academias. No caso, a própria Evoque, em Mauá (SP), na qual tinha bom relacionamento com os donos. Em 2018, surgiu a oportunidade de comprá-la. Juntou tudo que tinha guardado nos últimos anos, vendeu carro e moto para abraçar essa nova oportunidade. Mais experiente, o negócio decolou. Em pouco tempo, o número de alunos dobrou.
Daí, veio a pandemia. “Obviamente, isso abalou o meu emocional no início. Mas também vi uma oportunidade de crescimento. Muitas academias fecharam e, portanto, existiam mais clientes no mercado. Foi só uma questão de conseguir estruturar-se rapidamente para buscar esse público que voltaria a fazer exercício físico”, conta Rodrigo. Bingo: no final de 2020, mesmo na pandemia, conseguiu abrir a segunda unidade da Evoque, em Santo André (SP).
Em 2021, Rodrigo conheceu José Ramos, 38 anos, um empresário do ramo da tecnologia, que dava os primeiros passos no segmento de academias e que tornaria sócio dele na Evoque. O encontro desses dois jovens idealistas e com muita vontade de crescer, foi o que se pode chamar de “conexão empresarial à primeira vista”. “Tínhamos muitas afinidades e o Rodrigo mostrou que para um negócio prosperar não bastava ser apenas apresentável como eu pensava, mas ter boa gestão”, confessa Ramos. Ele não tem dúvidas que a rede Evoque cresceria de qualquer jeito e chegaria a esse ponto de grandiosidade atual. Mas com a participação dele, que entendia bem de logística, no comando do negócio, o crescimento foi mais rápido.
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Ainda que o Brasil seja o segundo maior mercado mundial em número de academias, mais da metade da população não pratica exercícios físicos regularmente, segundo várias pesquisas. Por exemplo: dados do Ministério da Saúde indicam que 60% dos brasileiros não seguem a indicação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de se praticar semanalmente 150 minutos de malhação moderada ou 75 minutos de forma mais vigorosa. Como se percebe, essa fatia de 40% que adere aos exercícios físicos é disputada por cerca de 30 mil academias e clubes de todo país. E a Evoque entra forte na disputa justamente por se mostrar diferenciada.
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