Expert em posicionamento de mercado, Alessandro Mendes dá dicas de como aparecer nas redes na medida certa
Yara Achôa, Fitness Brasil
14/1/2025
Rolar o feed das redes sociais pode ser divertido e útil. Mas também pode causar muita irritação – e não é isso que você quer quando se trata de construir sua marca pessoal ou vender seu serviço ou produto. Afinal, o que é melhor: fazer posts de entretenimentos, divertidos; entrar em trends; passar o conteúdo com coreografias engraçadinhas; fazer algo mais estático e “sério”; aparecer em todos os posts – ou nunca aparecer? Como ganhar seguidores, gerar engajamento e passar uma mensagem que favoreça sua imagem e seu negócio?
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Convidamos Alessandro Mendes, expert em posicionamento de mercado e inteligência competitiva, um dos mentores da imersão O Melhor Gestor de Academias do Mundo, para explicar como não se tornar um “chatonet”.
O que é “chatonet”?
É aquele que não tem alinhamento com seu público. Não sabe o tipo de pessoas que acompanham suas postagens e acaba publicando o que elas não querem ver. Claro que é interessante abordar assuntos diferentes para engajar. Mas se você não conhecer seu público, não vai construir uma sintonia.
O principal sinal para identificar que você está começando a passar dos limites é o engajamento. Um post relevante para sua audiência deve refletir em engajamento com seu público. Use parâmetros como curtidas, compartilhamentos, comentários, salvamento.
Postura e tom de voz são importantes para evitar a chatice?
Todos os dias vemos quebra de paradigmas nas redes. Tem um francês que não emite um único som, que faz gestos com as mãos, que posta vídeos criticando posts desnecessários. E faz sucesso. É preciso ter um alinhamento claro da sua proposta e fazer com que ela gere conexão.
Um perfil bem definido vai direcionar seu tom de voz – e não só voz falada, mas a voz da marca. O que você quer gerar como engajamento? Como você quer ser lembrado? Se for como uma pessoa mais enérgica, talvez tenha de usar tom de voz mais alto. Se quiser passar mensagem de pessoa que entrega tranquilidade, vai ter que falar em tom mais suave. Mas você pode construir esse tom de voz sem falar nada.
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Aderir a todas as modinhas pode tornar a pessoa um “chatonet’?
Em muitos momentos o movimento de ranquear sobrepõe a razoabilidade. Então, você vê vendedores de uma loja de carro, por exemplo, fazendo uma coreografia de uma música samba-funk-reggae-pop, que não tem sintonia com quem vai comprar o carro – só para ter visualização e ranqueamento. Visualizações e curtidas não garantem que você é bom naquilo que faz. Tem que ter alinhamento com sua proposta. É importante estar atento ao que está na moda, mas o mandatário é seu público, o que ele percebe.
Existe uma “melhor postura” quando o profissional tem algo a vender? Para não ser o chato do “compre, compre” ou “eu sou o bom…”
O que você precisa é falar das dores que você ou seu produto resolve. Por exemplo: um personal que trabalha com pessoas em fases de reabilitação. Ele pode falar: quanto tempo você não fica um dia sem sentir dor; quantas vezes você toma remédio para dormir por conta da dor na lombar?
Apresente como resolver uma necessidade. Não vai ser chato para quem tem o problema, mas pode ser chato para quem não tem. Mas quando tem conexão com que o seguidor quer, chama atenção.
Posts políticos, temas polêmicos, como se posicionar sem radicalizar? Ou melhor ficar de fora?
Estamos vivendo uma era de polêmicas e politização – eleições, guerra, bbb. Levantar a bandeira de um time, pode trazer seguidores para essa tribo. Por outro lado, mostra o lado oposto como referência a ser criticado. É preciso avaliar se essa postura não vai atrapalhar sua alavancagem como empreendedor. Entenda qual é a sua postura e veja se vale jogar esse jogo.
No WhatsApp, texto ou áudio? Como não ser o chato do áudio…
A maioria prefere texto. Muitos acham que áudio é invasão – e a pessoa precisa parar para ouvir. Então, minha recomendação é preferir texto.
Uma última dica para se destacar positivamente e na medida certa
Entenda bem sua audiência. Desenhe suas personas: quem é o cara que te ouve, te segue, compra seu produto. A partir do momento que você entende as dores e os desejos do seu cliente, vai estar sempre se conectando com o que ele busca. Mas isso não é fixo. Até porque as pessoas mudam os comportamentos. É preciso estar atento às mudanças e conectar-se com elas.
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