Por Luis Carlos de Oliveira, colunista Fitness Brasil
Em minha última coluna, terminei citando alguns dos mais importantes periódicos da área da saúde que veiculam as mais recentes evidências científicas sobre diferentes assuntos relacionadas a atividade física, aos exercícios físicos e diferentes práticas corporais e suas relações com a saúde e algumas doenças.
Você, com certeza, já deve ter feito curso com alguns dos colunistas aqui da Fitness Brasil. Ou assistido a uma palestra em um evento acadêmico, científico, e ficado impressionado pela riqueza de dados, de evidências atualizadas altamente fundamentadas, apresentadas pelos profissionais palestrantes. E deve ter se preguntado: “Como ele consegue acesso a tantas informações assim tão relevantes?”
Pois o acesso à informação científica é muito mais fácil do que você imagina. É apenas uma questão de saber onde procurar e como acessar. Esta segunda parte talvez tenha algumas limitações dependendo do periódico ou até do artigo ou “paper”, termo em inglês para se referir a um artigo científico, como alguns costumam chamar. Mas de modo geral, pelas facilidades tecnológicas que dispomos atualmente, poderia dizer que o conhecimento pode estar na palma de sua mão.
Obviamente que quando você faz parte de uma instituição de ensino superior, seja como aluno de graduação, ou pós-graduação, seja na especialização lato sensu ou stricto sensu, nos cursos de mestrado ou doutorado, ter acesso a este material é relativamente mais fácil, uma vez que é a maior fonte de conhecimento destes níveis de formação acadêmica.
Porém, mesmo não fazendo parte de um curso de pós-graduação ou especialização ou de um grupo de estudo organizado, ainda sim é possível ter acesso a estas fontes de conhecimento.
Um tradicional meio de acesso à literatura científica de qualidade são as bases de dados internacionais ou os chamados bancos de dados eletrônicos. Medline, PsycINFO, SPORTDiscus, CINAHL, Scopus, Web of Science, Cochrane Library, Global Health Embase e PubMed, apenas para citar as mais utilizadas.
No âmbito nacional não poderia deixar de citar uma importante fonte de acesso aos periódicos científicos muito utilizada pelos docentes e estudantes dos cursos de pós-graduação no Brasil, o Portal CAPES. Contudo, estes meios são acesso, que vamos classificar aqui como ativos, ou seja, dependem da proatividade dos interessados.
Um outro caminho que é tão eficiente quanto, porém até mais facilitado do que acessar pelas bases de dados, é buscar diretamente os periódicos pelos seus sites específicos. O primeiro acesso terá que ser por iniciativa sua. No entanto, a partir dele, os demais podem passar a serem passivos. A maioria dos periódicos internacionais permite o cadastramento na lista de avisos de novas publicações, de maneira que toda vez que sair uma edição nova, é enviado um e-mail para que você acesse o sumário e tenha conhecimento das mais recentes publicações. E alguns dos artigos podem estar com acesso livre, ou seja, não há necessidade de ser assinante para chegar ao artigo.
Como já havia citado em minha última coluna, periódicos como The Lancet, JAMA, New England Journal, Preventive Medicine, PlosOne e mesmo a mais popular da nossa área, Medicine & Science in Sports & Exercise (MSSE), oferecem esta possibilidade. Você nem precisa mais ficar buscando os artigos, eles chegarão periodicamente até você – pelo menos os “abstracts” ou resumos.
Muitas são as revistas científicas de qualidade. Inclusive temos excelentes edições nacionais. Destacaria a Revista Brasileira de Ciência e Movimento; Revista do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte; Revista Brasileira de Educação Física e Esporte; Revista da Sociedade Brasileira de Atividade Física & Saúde; Revista de Saúde Pública.
Obviamente me referi tanto às revistas internacionais como as nacionais mais afeitas a área da Saúde, mas o universo do conhecimento científico na área da Educação Física, do Fitness e das Ciências do Esporte é muito mais amplo do que isto. Vai muito do interesse de cada um.
Mas uma coisa é indiscutível: se você quer ser um Profissional de Educação Física, seja na área da Saúde, na área do Fitness, na área do Esporte ou qualquer outra do conhecimento, precisa estar atualizado com o que existe de melhor na sua área de atuação e este é o caminho.
Até a próxima!
Fotos: Adobe Stoke
Prof. Me. Luis Carlos de Oliveira é formado em Educação Física pela Escola Superior de Educação Física de São Caetano do Sul; Mestre em Educação Física; Doutorando em Educação Física e Saúde, Membro Diretor do CELAFISCS; Instrutor de Pesquisas em Ciências do Esporte; Coordenador do Projeto Internacional ISCOLE – Obesidade Infantil Ambiente e Estilo de Vida; Coordenador dos Cursos de Pós–Graduação da USCS/CELAFISCS; Professor da TREVISAN – Escola de Negócios; Assessor técnico-científico do Programa Agita São Paulo – Secretaria de Estado da Saúde; Membro da comissão organizadora do Simpósio Internacional de Ciências do Esporte
Gostou? Compartilhe: