Por Aylton Figueira Junior, colunista Fitness Brasil
Com a crescente prevalência do excesso de peso e obesidade em adultos de ambos os sexos e a busca do corpo estético, programas de emagrecimento crescem no âmbito da ciência. Na maior plataforma cientifica, o PUBMED, alguns termos chaves aparecem de forma surpreendente: “weight loss” em mais de 25 mil citações nos últimos dois anos, “fat loss” em mais de 4500 citações, “training fat loss” em mais de 750 citações, “resistance training fat loss” em mais de 130 citações, “interval training fat loss” em 29 citações e “high intensity interval training fat loss” em 77 citações.
Embora o número de citações pareça elevado, ainda é inconclusivo os modelos destinados a perda de peso e emagrecimento. Muito se fala no HIIT, mas o número de citações é reduzido.
Entretanto, o que se tem conhecimento que não será o método do treinamento que promoverá a perda de peso, mas sim a duração em meses, anos que trará a redução e a manutenção da composição corporal.
Diante desse contexto, a periodização no programa de emagrecimento é que deve ser analisada, em especial, a médio e longo prazos.
Não poderá ser rápido o processo de emagrecimento, ele tem de ser sustentado!
Desta forma, construindo o pensamento nas bases que o tecido muscular é o que mais gasta energia, reduzir em quilos esse tecido em programas de emagrecimento resultará em forte impacto na taxa metabólica basal e em atividades da vida diária. Considerando que um quilo de músculo tem demanda metabólica média de 24,5Kcal e que um quilo de tecido adiposo tem gasto de 4,5kcal, fica explícito que perder um quilo de músculo seria como perder 5,5 kg de gordura. Portanto o tecido muscular tem demanda metabólica quase que seis vezes maior que o tecido adiposo. Havendo redução de peso corporal, sem manutenção da atividade muscular, sem treinamento de força, ocorrerá, ao longo do tempo, diminuição da demanda metabólica, fazendo com que levará a condição de economia de energia. E economia de energia é exatamente o que não pode ocorrer em programa de emagrecimento. Emagrecer é ter déficit de calorias.
Imaginando que pessoas que emagrecem sem treinamento tenham perda média de 60% oriunda do tecido adiposo e 40% do tecido muscular, a equivalência será ao reduzir um quilo de peso de 600g de gordura em 400g do tecido muscular. Desta forma, teremos impacto maior do tecido muscular que do tecido adiposo no metabolismo, ou seja, ao reduzir 600g de gordura haverá déficit de 2,7Kcal e diminuição de 400g de músculo haverá redução de 9,8kcal.
Seria conveniente reduzir peso corporal sem treinamento? Certamente a resposta é não. Portanto, você que é profissional de educação física, deve buscar focar com maior veemência o aumento da massa muscular em programa de emagrecimento. Emagrecer com saúde, será pelo aumento da massa muscular. Reduzir peso é importante no controle metabólico e mortalidade, mas sustentar a condição metabólica é pela hipertrofia.
Considere que o tecido mais importante é o músculo.
Sucesso sempre aos meus colegas profissionais!
Aylton Figueira Junior: formado em Educação Física, mestre e doutor em Adaptação Humana, saúde e atividade física pela UNICAMP, docente do Programa de Mestrado e Doutorado em Educação Física da Universidade São Judas Tadeu. Membro do American College of Sports Medicine e Japan Society of Exercise Fisiology. Autor de oito livros, 24 capítulos e mais de 400 artigos científicos. Criador da certificação PROFISSIONAL DO FUTURO. Sócio proprietário da Clínica Ostheos-Equilibrio Físico. Instagram @ayltonfigueira.dr
Meus parabéns Mestre e Mentor.
Sou muito grato a Deus por conhecer o seu trabalho e sua jornada. Por fim eterna gratidão Professor Rosivaldo.
sempre juntos meu amigo… O estudo devolve. Eu que agradeço estar com vc