A Fitness Brasil, em parceria com a EY e a Armatore Market + Science, desenvolveu uma grande pesquisa para mapear e entender esse universo
País de dimensões continentais, o Brasil tem várias realidades em seu território. E não existia um estudo que revelasse o que acontece no segmento fitness de norte a sul. “Nossa referência sempre foi o IHRSA Global Report, que reúne dados de dezenas de países e fornece uma visão macro da indústria e de academias em todo o mundo, tornando-o uma fonte importante para gestores, fornecedores e profissionais da educação física. Ao elaborarmos um relatório fitness nacional, a intenção é colaborar com uma visão mais precisa da nossa realidade e contribuir com a profissionalização e evolução do mercado”, diz Gustavo Almeida, diretor executivo da Fitness Brasil.
A Fitness Brasil, em parceria com a EY e a Armatore Market + Science, idealizou o Panorama Setorial Fitness Brasil, lançado oficialmente em 15 de março. “É o primeiro elaborado no país e servirá para o entendimento da indústria e para auxiliar no planejamento de longo prazo dos principais atores”, explica Gustavo Hazan, gerente sênior da EY, que firmou parceria com a FB e a Armatore por três anos, garantindo um robusto material para o setor.
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Além de mapear a cadeia produtiva, identificar os principais players, estimar a movimentação financeira e revelar o potencial do mercado, o trabalho tem como objetivo auxiliar empresas e gestores no estudo de concorrência, contribuir para melhor organização do segmento de forma geral, entre outras coisas.
Como foi feito o estudo
O relatório é baseado em uma pesquisa realizada virtualmente – com 4.465 respondentes, distribuídos em 26 Estados e o Distrito Federal, em 454 municípios do Brasil – além de outras fontes, como IBGE e conversas dirigidas com especialistas.
Perfil dos participantes
+ 36 mil CENTROS DE ATIVIDADES FÍSICAS distribuídos em 3.301 municípios
51% dos respondentes são do gênero masculino, 49% do gênero feminino
32% correspondente à faixa etária entre 35 e 44 anos
65% se declaram como cor e/ou raça branca
50% são casados
30% correspondente à faixa de renda de r$ 4,4 mil a r$ 11 mil
40% preferem praticar atividade física ao ar livre
26% disseram que caminhada/ corrida é sua atividade física mais praticada
Principais insights
O estado de São Paulo lidera o top 5 de concentração de centros de atividades físicas do país, com 28% do número total, seguido por Minas Gerias com 12%, Rio de Janeiro com 8%, Paraná com 8% e Rio Grande do Sul com 7%.
Mas existem 711 cidades com população superior a 10 mil habitantes e inferior a 50 mil habitantes que não possuem centros de atividades físicas registrada na localidade. Logo, verifica-se que ainda há um potencial de expansão em 13% dos municípios brasileiros. Destas cidades entre 10 mil e 50 mil habitantes e que não possuem centros de atividades físicas, 62% estão concentradas no Nordeste.
“Outra constatação que tivemos é que quanto mais alta a classe social, mais se pratica atividade física. E dinheiro não é único fator que contribui para isso. Tempo e rotina mais estruturada, possibilitando maior dedicação ao esporte, contribuem”, revela Fernando Fleury, CEO da Armatore.
Tendências da indústria
Bastante conhecida no mercado, especialmente o inglês e o americano, a primeira tendência são as academias low cost. “O crescimento do segmento foi superior a cinco vezes nos últimos anos (US e UK)”, aponta Hazan. Outros caminhos mostrados pelo primeiro Panorama Fitness Brasil são o Fundraising (busca por fontes de financiamento no setor, seja por private equities, fundos de investimento e oferta pública e ações); o crescimento de Gymtechs (digital como complemento do presencial e formato híbrido); e as Big Techs (modelo de incentivo ao uso de wearable + subscription).
“Com esse relatório, neste primeiro ano, pudemos traçar uma amostra dos consumidores e não consumidores brasileiros da indústria fitness. Observamos também as tendências e principais fatores que influenciam nas tomadas de decisão do consumidor, sejam elas pelos resultados que ele (a) irá obter com a prática de atividades físicas, seja por um centro de atividades físicas ter ou não estacionamento no local, por exemplo”, analisa Gustavo Almeida.
Além disso, após levantamentos de dados e conversas com especialistas do setor, foram traçadas mais de 300 interações entre os principais atores da indústria. “Toda essa combinação resultou na Cadeia Produtiva da Indústria Fitness. A partir dela e suas interações, todos os atores e potenciais novos entrantes ao mercado, poderão construir projetos, planos e focar no aprimoramento ou em estabelecer o relacionamento com todos aqueles em que possui relação”, completa o diretor executivo da Fitness Brasil.
União de forças
Foram necessários diversos encontros entre todos os envolvidos para que a forma ideal de apresentação fosse validada, levando em consideração todas as especificidades da indústria fitness brasileira. “Além da parceria Fitness Brasil, EY e Armatore, também contamos com patrocínio de empresas que atuam na indústria e enxergaram no Panorama Setorial Fitness Brasil uma ferramenta para disseminar mais informações e conhecimentos para o setor. São eles: Patrocinadores Ouro Gympass e Evo; e Patrocinadores Prata Konnen, Life Fitness, Matrix e Movement. E apoiando o projeto ainda temos ACAD, IHRSA, CONFEF, CREF-SP, GARE, Ticket Agora e Faculdade Phorte”, diz Gustavo Almeida.
O Panorama Setorial Fitness Brasil já está disponível no site da Fitness Brasil (https://www.fitnessbrasil.com.br), com versão resumida do estudo para download gratuito e versão completa para aquisição por R$ 199,00.
This is an interesting study on the fitness market in Brazil.