Relatório do Strava Metro destaca crescimento do uso desse meio de locomoção e impacto ambiental positivo nas principais capitais do país
Yara Achoa, Fitness Brasil
22/4/2025
Cada vez mais brasileiros estão trocando o carro ou o transporte público pela bicicleta como meio de locomoção no dia a dia. Seja para fugir do trânsito, economizar ou adotar um estilo de vida mais saudável e sustentável, o uso da bike vem crescendo e transformando a paisagem urbana. Hoje, quando é comemorado o Dia da Terra, uma nova análise, feita pelo Strava – maior comunidade para pessoas ativas, com mais de 150 milhões de atletas em mais de 185 países -, revela como esse movimento está impactando positivamente a mobilidade e o meio ambiente em diferentes regiões do país.
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Os dados foram retirados do Strava Metro e incluem a quantidade de quilômetros rodados por ciclistas nas principais cidades do país, além de informações como faixa etária e principais vias utilizadas.
Em 2024, os deslocamentos de bicicleta geraram um impacto significativo na mobilidade urbana e no meio ambiente. De acordo com o Strava Metro, a cidade de São Paulo liderou o ranking nacional com 12,8 milhões de quilômetros pedalados, o que resultou em uma economia estimada de 2.785.189 quilos de dióxido de carbono (CO₂). Curitiba aparece em seguida, com 5,2 milhões de quilômetros percorridos e uma redução de 1.132.097 kg de CO₂ na atmosfera.
Fortaleza registrou 2,4 milhões de quilômetros pedalados, com uma economia de 532.598 quilos de CO₂, enquanto Recife e Porto Alegre somaram 1,6 milhão e 1,5 milhão de quilômetros, respectivamente, evitando a emissão de 338.788 quilos e 328.920 quilos de CO₂.
Além da distância percorrida e da economia de carbono, os dados do Strava Metro revelam também o perfil dos deslocamentos por bicicleta nas principais cidades brasileiras.
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Em Recife, por exemplo, 47% de todas as viagens registradas foram deslocamentos cotidianos (como ir ao trabalho ou à escola), mas o domingo foi o dia com maior volume de pedaladas, especialmente por volta das 19h.
Em Curitiba, 44% dos trajetos foram classificados como deslocamentos, com pico de uso às 7h nas terças-feiras, demonstrando um forte padrão de uso no início da jornada de trabalho. Já em Fortaleza, 39% das viagens foram deslocamentos, com movimento mais intenso também às terças, porém mais cedo, por volta das 5h.
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Porto Alegre apresentou 36% de viagens com fins de deslocamento, mas com um comportamento diferente das demais: o maior volume foi registrado aos sábados, também às 7h. Em São Paulo, 37% das viagens foram consideradas deslocamentos, com o domingo às 6h como o horário de maior concentração.
Esses dados mostram que, embora o uso da bicicleta como meio de transporte esteja consolidado em dias úteis em algumas cidades, outras apresentam picos aos fins de semana, possivelmente refletindo hábitos de lazer, prática esportiva ou trabalho informal.
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